26 fevereiro, 2011

as garrafas estão vazias, meu amor. restam os vidros para me fazer recordar as mil noites que no teu corpo ímpio me embriaguei, qual devassa criatura. foi nele que me perdi vezes sem conta na esperança de te despir de ti. de me despir de mim. adiei-te invariavelmente na busca desenfreada de um corpo que me devolvesse o teu, na procura insane de uma droga que me roubasse de mim, que me  fizesse desaparecer desta realidade imaginária em que te projecto e em que desvaneces, em que morres nos meus braços e em que ressuscitas nos de outrém, em que que me engoles de um trago e em que me vomitas no momento a seguir, em que...sei lá, meu amor, sei lá! quero-te de volta. a poligamia morreu em mim. jura que regressas no vento. por favor.