08 agosto, 2013

O amor consome-me e a loucura ameaça acompanhar-me


Perdoa-me Satanás por ainda não ter caído nas tuas garras, infectadas pela solidão de todas as almas e as perversidades das mentes deturpadas e maldosas.
Acolhe-me, Deus, nos teus braços recheados de compaixão e sensações de paz, agora que o amor chegou novamente à minha casa. Os meus aposentos, os meus pulmões, carregam pela última vez o sentimento amor. É a última vez se tiver de ser. Estive para viver para sempre nas sombras e na escuridão, sabes que nunca o fiz por em todos os momentos, os segundos em que tomava a decisão e ouvia a tua voz. Perdoa-me Satanás por não ter escolhido o teu caminho, um ser humano precisa sempre de ter dois percursos mesmo nos sonhos. A mente liberta-me e lança-me sempre para o caminho mais negro e recheado de pedras, um incentivo para circular na minha vida real.
Tenho-o. Desejo-o. Adoro-o, mais a caminhar para outro sentimento se é que me entendes. Por teres colocado um ser humano, de cabelos encaracolados, na minha vida e a admirar-me a alma ao invés do corpo numa primeira instância. Deu-me a mão mal os olhos castanhos atravessaram os meus quando só desejava abraçar o meu corpo e peito. Nem te conto esses minutos, com uma felicidade a incendiar as minhas veias, desejei assentar as minhas mãos na cintura magra. Mas nenhum corpo ultrapassa a minha magreza extrema, por incrível que pareça, surpreendo-me sempre por os corpos alheios serem sempre melhores do que os meus e esta constatação não é elaborada em baixa auto-estima.

Deste-me a conhecer demasiadas vezes a sensação de abandono, proporcionada por outros seres. Não merecem ser chamados de humanos por tal acto, capazes de rebolarem no sangue proveniente dos meus olhos. Gritei, rebolei no chão com as mãos a esmurrarem a pedra do chão na minha casa, em vão, unicamente para todos os meus fantasmas começarem a sorrir e a desejarem a minha união com todo o grupo em qualquer casa abandonada, o típico cliché associada ao espiritismo que tanto adoram. Por escolher um amor demasiado jovem sofri as consequências, mais um desvio para sagrar o amor verdadeiro e puro, sem consumação desmedida e egoísta. Satanás diz-me, em todas as conversas, que o amor é um acto egoísta, inconsequente, recheado de paixão. Uma paixão capaz de destruir órgãos, o coração inclusive. Nunca me sussurrou sobre o sentimento, sobre a paz de espírito oferecida por um sentimento nascido de todas as entranhas e de toda a certeza. Tenho-o, não o quero perder. Desejo-o e não consigo controlar o meu sangue. Adoro-o num amor inacreditável. E ainda não consigo acreditar e prever onde o nosso amor vai levar-me, a mim e a ti.

Perdoa-me Satanás por não ver-te mais como o meu companheiro.
Acolhe-me Deus. Ele está na minha vida e estou tremendamente apaixonado.