23 setembro, 2008

-que recomecem.
-o quê?
-as nossas vidas.
-quando pararam?
-quando me despiste.
-tu sempre estiveste nua.
-mas agora quero apanhar a roupa que deixei espalhada pelo quarto. vamos parar este espectáculo de suor e lágrimas em que nos enclausurámos este tempo todo...e quanto tempo foi! tenho saudades das ruas daquela cidade que nos abrigavam entre risos e abraços. vamos apanhar outro combóio, está tudo visto nesta estação!
-então e os bilhetes? eram até ao fim da viagem...
-deixemo-la a meio, para onde queres ir doçura?
-estás a ver esta linha recta? ouvi dizer que lá ao fundo, por detrás daquela chaminé, tem umas quantas curvas.
-vamos até lá então, depois logo se verá.

2 comentários:

David Pimenta disse...

pode ser que encontres o caminho para o paraíso, no meio das curvas e rectas.
fantástico companheira +.+
Admiração (por ti).

Inês (?) disse...

Texto fantástico e acabam-se-me aqi as palavras ,
Um beijo .