27 setembro, 2008

ligo o interruptor e interrompo a vida - não era este o corpo que esperava encontrar! o que aconteceu à testa mármore que atraía a minha boca, como que em permanente estado febril? para onde foi a dureza do teu peito quando encostado a mim? o que queres em troca de me devolveres as tuas mãos embriagadas que percorriam as minhas pernas num acto de encontro à sobridade (que jamais encontravam)? o romance, queimaste-o?
será que não consigo ver o que se passou aqui? até quando continuarei com os olhos vendados à espera do desefecho deste impasse? encontrarei alguém que me salve de mim? ou conseguirei salvar-me de mim sem ninguém? terei que repetir os mesmos vocábulos mudos por mil vezes mais para me ouvires? ou continuarás surdo de mais para os sentires?
interrompeste a minha vida, mas nunca te darei o prazer de seres o interruptor, nem que para isso continue às escuras por mais mil dias.

3 comentários:

David Pimenta disse...

muitas perguntas, será que obterás resposta companheira? :)
fascinante *

Ana Moreira disse...

Gostei imenso do blog :) Muito bons textos, Parabéns *

Inês (?) disse...

Sem palavras , texto fantástico como todos os outros . Um beijo ,