13 dezembro, 2008

cala-te, porque só calado é que tu não me puxas o vómito.
cala-te, porque é essa a condição que te imponho para de mim gozares o que te apetecer.
cala-te, cala-te, cala-te! não ouses voltar a repetir esses vocábulos de afrodite que me atormentam todas noites que contigo me deito!
não chores porque eu não suporto o ruído das tuas lágrimas nem o murmúrio dos teus credos. não me contes nada de ti, não me faças ter pena nem orgulho do monstro ou da personificação de amor que alimento.
não me jures, não me cantes e não declames. não sejas tu.

3 comentários:

David Pimenta disse...

cada vez mais fantástico companheira <3

Pssst disse...

Forte, direito!

she. disse...

Obrigada $:

"Cala-te!" quantas vezes a vontade de articular essa palavra num grito me aflora à pele (...)


Texto meramente verdadeiro em palavras mudas. (: