Adormeci no meu quarto, numa noite perfeitamente normal e casual sem qualquer tipo de promessas lançadas para o oxigénio tóxico, característica do ambiente em que caminho e descanso a todas as horas. O amor abandonou-me há algum tempo, sem qualquer intenção de voltar num curto período de tempo para me envolver numa segurança apetecível e deliciosa, acabou por levar as malas com todos os objectos que lhe pertenciam e deixou-me um beijo. Um toque ao de leve nos meus lábios para conseguir o meu espírito conseguir dar a volta por cima, com a intenção de me oferecer um início fora dos meus planos. Veio trazer desorganização ao meu bem-estar, às minhas roupas, ao meu coração e aos meus pulmões, fracos no funcionamento desde a manhã em que regressei ao Mundo. As lágrimas queimaram a pele do meu rosto graças ao suposto sal que contém, passadas centenas de horas decidi chorar para uma garrafa de licor com o intuito de saborear-me quando me sentir sozinho. Naquela noite sem qualquer marcação ou intenção de ocorrer um acontecimento especial, acabei por adormecer em cima dos lençóis brancos e com um cobertor sobre as pernas, os ventos gelados andavam a dar cabo dos meus músculos que se ressentiam cada vez mais do frio nórdico (e psicológico).25 novembro, 2011
Completamente incompleto numa noite normal,
Adormeci no meu quarto, numa noite perfeitamente normal e casual sem qualquer tipo de promessas lançadas para o oxigénio tóxico, característica do ambiente em que caminho e descanso a todas as horas. O amor abandonou-me há algum tempo, sem qualquer intenção de voltar num curto período de tempo para me envolver numa segurança apetecível e deliciosa, acabou por levar as malas com todos os objectos que lhe pertenciam e deixou-me um beijo. Um toque ao de leve nos meus lábios para conseguir o meu espírito conseguir dar a volta por cima, com a intenção de me oferecer um início fora dos meus planos. Veio trazer desorganização ao meu bem-estar, às minhas roupas, ao meu coração e aos meus pulmões, fracos no funcionamento desde a manhã em que regressei ao Mundo. As lágrimas queimaram a pele do meu rosto graças ao suposto sal que contém, passadas centenas de horas decidi chorar para uma garrafa de licor com o intuito de saborear-me quando me sentir sozinho. Naquela noite sem qualquer marcação ou intenção de ocorrer um acontecimento especial, acabei por adormecer em cima dos lençóis brancos e com um cobertor sobre as pernas, os ventos gelados andavam a dar cabo dos meus músculos que se ressentiam cada vez mais do frio nórdico (e psicológico).20 novembro, 2011
Colaborações (durante a tarde),

17 novembro, 2011
O canto às desistências temporárias: o início,

12 novembro, 2011
Os loucos de espírito fazem amor com o próprio corpo,

O vento alcança os meus cabelos, massajando-os e cuspindo neles num rodopio malandro que me leva a ganhar um pouco mais de rugas de expressão. Quando tal fenómeno acontece, o simples plantar das rugas de expressão de indignação ou mesmo de felicidade, cai na minha alma o caminhar do tempo e a falta de vivência que posso estar a ter nos minutos que passaram e que vão passando à medida que penso no assunto. Trata-se de suposições, dúvidas que inflamam as minhas veias à medida que os pensamentos vão inundando a minha mente, a cada minuto e não há forma de carregar no botão de paragem para evitar um acidente de ondas dentro da minha cabeça. O vento vai continuando a massajar os meus cabelos com os lábios suaves, cuidados graças a uma operação violenta à pele (como se qualquer brisa conseguisse ter pele, as minhas divagações vão acabar por matar-me um dia).
Os meus braços encontram-se cansados de ver o mundo na primeira pessoa, de elaborar o meu estilo artístico na individualidade e na visão dos meus olhos castanhos de tons escuros. Nos momentos em que suporto o peso do (meu) mundo não consigo pensar em mais ninguém a não ser em mim, não vejo amor em qualquer segundo ser humano. Demasiado egoísta para usar o acessório de amigo a combinar com as minhas roupas, demasiado egocêntrico para mudar qualquer valor no meu planeta, nunca vou ser capaz de o melhorar. Os desejos percorrem os nervos faciais, irritando a pele morena do meu rosto bronzeado na tarde de domingo (naquele Verão em que trocámos demasiados beijos e juras eternas de amor que nunca vou quebrar), os desejos individuais e desnecessários. Se quero dançar no meio da minha casa coloco um impedimento na minha acção, como se tivesse mil olhos a julgar e a percorrer o meu corpo. E talvez seja essa a minha morte, daqui a alguns anos. Se o suicídio passar pelo meu coração, numa fase aparentemente excêntrica (é este o adjectivo que me faz pensar no quão difícil é conviver comigo mesmo nas tardes em que não existe absolutamente nada para fazer, quero apertar o meu próprio pescoço e fazer amor com o meu corpo, quero um segundo corpo para puder dar asas às minhas obscenidades), se a morte sorrir para a minha existência vou ter os mil olhares na minha mente e o medo vai apoderar-se da minha acção. Segurança, diriam algumas verdadeiras amigas estivessem a ler o que escrevo. Falta segurança nas minhas acções, acusaria uma delas na sua voz suave e melancólica, no mais pequeno pormenor até ao desenrolar da vida. Talvez seja por isso que me custa escrever cada vez mais escrever na primeira pessoa, existe uma insegurança apegada à vulgaridade existente na minha existência. Os meus braços encontram-se cansados de ver o mundo na primeira pessoa mas não querem passar essa tarefa para uma segunda pessoa, que conte a minha história com sentimentos deturpados por uma individualidade completamente diferente da minha. O meu vento alcança os meus cabelos e acaba por ir saboreando o meu corpo, com manias para o envelhecimento a cada dia que passa. O que vou fazer quando a juventude começar a desaparecer do meu corpo? Não quero afundar-me neste medo, meus caros.
Os meus monólogos deliciam-me, apodrecem a minha pureza mas nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Nem fazem ideia do quando dava para ter o meu corpo separada da minha alma, neste momento. Existe um desejo obscuro de fazer amor com o meu corpo e chorar à medida que o amar intensamente nesses minutos – vou aproveitá-lo enquanto sou jovem.
E um viva aos loucos de espíritos! O vento continua a massajar os meus cabelos.