09 novembro, 2008

é esta dor ordinária que vai alimentando os meus dias, qual veneno camuflado.
estou rodeada de bestas que fingem amar, vermes que me fazem sentir nojo de cada sorriso que, para eles, os meus lábios esboçaram.
tu que dizes chorar a morte, és o primeiro a fazer rebentar a bomba que acaba com mil vidas.
tu que falas de amor e incutes ódio.
tu, estúpida antítese que não me digno compreender, porque te orgulhas dessa cegueira crónica?
somente
enxergas as minhas feridas quando o sangue te suja as camisas
ouves os meus gritos agudos quando interferem com a melodia suave que é a tua vida
cheiras o odor a morte quando jaz no chão tudo e todos que estão à tua volta.
só sentes o meu beijo quando a garrafa está vazia.
és tão horrível quando estás sóbrio.

2 comentários:

David Pimenta disse...

Cada vez, este blog, onde eu escrevo contigo torna-se cada vez mais importante, cada vez maior.
Cada palavra tua fica gravada aqui dentro.
está fenomenaal companheira! :D

Ana Moreira disse...

Espero que tenhas futuro, porque talento tens!