20 março, 2009

como eu gosto do odor a sexo que entranha estas paredes. é aqui, neste lugar sem um móvel, sem um compartimento fechado que eu me apodero da tua carne virgem, que te faço meu como se de um sopro de vida te tratasses. depois, quando te vais embora, pedes-me sempre para te coser os olhos com uma agulha. invade-te uma humilhação tal que te torna incapaz de incará-los e, para que sejam apagados os teus pecados, entras de novo nessa procissão profana com gritos hereges em forma de preçes.
por vezes, dá-me vontade de te lancetar esse processo de beatificação que te está entranhado na alma, converter-te ao meu ateísmo e dissolver tudo em amor.

12 comentários:

Afonso Arribança disse...

Tu e o David escrevem na perfeição. :)
Expressividade, mesmo!

P' disse...

Meu deus. Está lindo ! :O

U disse...

Profundo :|
E David, a minha cara estaria muito pior se tivesse espinhas (a)
Sabes o que é? Pancada! xD

David Pimenta disse...

Está perfeito companheira.
Tocou-me.
:)

Joana M. disse...

por vezes, dá-me vontade de te lancetar esse processo de beatificação que te está entranhado na alma, converter-te ao meu ateísmo e dissolver tudo em amor.

perfeito, em cada palavra.

Maria Francisca disse...

Lindo, simplesmente lindo.

Unknown disse...

como já disseram, perfeito *

Alexandra disse...

Perfeito, perfeito ! *

Anónimo disse...

maravilhosas palavras.
Beijinho*

Ana Moreira disse...

é mesmo, perfeito.

David Pimenta disse...

Sim companheira. Tu também vais? :D

Rita Silva Avelar disse...

gosto especialmente da primeira frase.